quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Máscara do tempo

Desfigurando a máscara,
Como quem perde tempo a fazer desenhos na água
Eu procuro nesse mesmo tempo perdido, ganhar a condição que marcara
A mais cara que em mim insinua
Trepa essa árvore!, dizem segundos -
Os crentes trabalhadores;
Uns procurando limpar a sua saúde de fungos
Outros livrando a sua doença de maus odores
Ser doente mal cheiroso, não é coisa que se queira, quando também se quer bem;
Se se é bom e se quer mais...,
Ao mesmo tempo que se é humilde e se quer coisas
Coisas que ocupem o vazio, para que fiquem
Só para que se possam dizer precisas
Posses banais
Dependerá, então, do espaço
E sabe-lo indeterminado, mascarando-me assim do que posso e não posso
E espero...
Até envelhecer e não pedir mais nada
Ironia essa, vencida
Sem mais mentira
Tem lugar o desespero?
Quem espera sempre alcança...
Se para sempre fosse criança

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