domingo, 6 de junho de 2010

Palidez

Se tu imaginasses o meu eterno pesar... Aquele que me acompanha...Pior que a sina de quem nasceu em terra negra. Tão triste como a de quem nasceu no meio da guerra, e antes que tenha tempo de aprender a amar, perca tudo.
Se tu imaginasses que não é exagero a dor que esvazia o meu passado de leviandade salubre...
Se tu soubesses..., o que não tens de saber para que eu consiga sorrir e fazer-te sorrir...
Se tu soubesses que eu sei...
Que eu sei o que sofro porque sofro muito a mais do que eu. Muito a mais do que nós...
Se tu soubesses que sofro porque sei o que não devia saber já...
E sei.
E por saber, sou feliz só em saber que na felicidade, cabe o mundo.
E que o mundo..., com ele trás o infortúnio do que ainda está p'ra vir..., e que eu já sonhei ontem...
A dormir...
Acordada.

E ainda assim, mesmo que eu o faça... Não hesites, hoje, amar-me.
Que quando eu amanhã acordar, farei das horas que nos dás, o mais belo campo
de girassóis.
(O nosso belo. E que os outros que se atreverem a se aproximar de nós, sentirão. Como o tal perfume agridoce.)

Digo-to, em tom de garantia.

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Rochester:
So here he lies at the last.
The deathbed convert.
The pious debauchee.
Could not dance a half measure, could I?
Give me wine, I drain the dregs and toss the empty bottle at the world.
Show me our Lord Jesus in agony and I mount the cross and steal his nails for my own palms.
There I go..., shuffling from the world.
My dribble fresh upon the bible.
I look upon a pinhead and I see angels dancing.
Well..?
Do you like me now?
Do you like me now?
Do you like me now?
Do you like me... now?


Em, The Libertine

1 comentário:

cristina disse...

BELO APONTAMENTO...A HALF MEASURE:)