quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Entroncamento bifurcado


Passei hoje de novo pelo corredor. Continuava escuro... Olhei rapidamente os primeiros candelabros daquele túnel negro sem fim, que nada mais iluminam que a si próprios. E, voltei a virar a cara no espaço de um micro-segundo. Apressei o passo. Voltei a olhar o chão. Sei-o de cor. Cada fissura, canto, nódoa antiga, pintura, desgaste...
Toda a gente ao longo dos anos percorreu o menor caminho. Vou pisar o menos pisado, sentir-lhe a cor..., sentir a maior curva..., perder mais três, quatro passos de tempo.

Dei por mim de novo cabisbaixa, a ver o mais alto de mim. O escuro iluminado do novo lugar de sempre.
Eu não queria. Não queria mesmo.
Não sei bem se alguma vez lhe cheguei perto do fundo, rente às teias dos candelabros, sentindo-lhe os limites das paredes..., mas sei-lhe o final.
Com verdade, minto; Não queria.

E avancei por aquela longa e larga estrada que todos olhavam.
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A mais, ou a menos...

Imagem em Deviantart

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