terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Podia ser bonito. Mas se o é, foi engano.

...Engano o tanas!

Compensara-me agora a literatura, ou outro afazer aleatório que me convença de um qualquer poder incauto de sabedoria original.
Sei lá...
Hoje chove. Muito. E não que isso me encharque o cabelo desalinhado, ou a roupa que, ainda que a mais, me apadrinha. Nem por isso, não... Mas a consciência de que a torrente e a trovoada não se preocupam com as horas ou os dias, coloca-me numa posição pré-defensiva. O que como reflexo, mais não é que não precisar de empurrão para cair na toca dos lobos sedentos. Mas ir lá ter, pelo meu próprio pé.
Num todo anterior a mim, ensinaram-me a andar. Seja para onde for. Fazer o quê? É uma advertência global bastante consentida e fundamentada. Logo, o meu pé é o dos outros. Dos que nem sequer me conhecem e tudo o mais... Afinal somos ou devemos ser todos feitos do mesmo. A treta, é que uma ou outro nervura ou nervo a mais, pode-nos induzir a um erro ascético de nós mesmos perante o resto. E lá vem o individualismo inculpado.
E eu que tenho falado tantas vezes de dinheiro porque tem que ser..., que merda, hiem?
E porque a política arrelia. Ou a religião ofende... Se estás dentro de uma caixa, ou cheiras a cartão, ou morres asfixiado!
E depois são as pessoas que me preocupam. E nem sequer me passa pela cabeça preocupar-me com a sociedade. E até sou apologista do aquecimento global, vejam bem. É. Serei. Porém apoio ecologistas. E tudo o que remeta para o bom investimento moral. Mas é como com todos os empreendimentos desde o início de todas as Eras; Usa e sê usado.
Quem procura manter intacto ou, num repentino ocorrer reaccionário, procura salvar a porcaria, é mentiroso ou ingénuo. E como todos somos um tanto ou quanto de cada uma destas qualidades, podemos sempre ponderar fazer uso também das restantes. Portanto, agradeço que não submetam moralidade a um só género.
Vocês acreditam no equilíbrio? Mesmo a sério? Assim como acreditam nos cromossomas responsáveis pela percepção das cores que globalmente conhecemos? Amarelo, verde, vermelho, azul,...? Sentarem-se quatro pessoas numa mesa quadrada, duas de cada lado?
Eu acredito. Porque enfim, não sou louca ao ponto de me dar ao luxo de não acreditar em nada. Só por isso. Gosto demasiado das coisas simples da vida, para me dar a tais manias de alto custo. E já assim não tenho bolso para pagar nem metade. Daí equilíbrio ser tão real como perfeição.
E de novo dinheiro. Daquele que não se paga. Dinheiro deveria ser pó. Pó, lixo e cotão. Aí sim, estaria tudo salvaguardado. Mas não dá jeito. Porque não foi assim que se decidiu e agora era uma chatice salvar o mundo.
Percebo.
Temo reagir. Se te olhar de frente, vejo-te de perto demais. Se te olhar de esguelha, fica tudo na mesma, e perco ângulos. Se não te olhar, finjo. Ser-se racionalista ao mesmo tempo que se sente toda e cada víscera, diria que é das condições mais difíceis e cruéis de se deslindar. Isto partindo do pressuposto de que condição existe. E de que não é mais uma desculpa. Como aquela que damos quando não nos queremos levantar da cama.
Digo eu, assim como quem nem quer a coisa, que há mais marinheiros que marés, e não o contrário. E que a maioria das coisas está demasiado gasta. Demasiado.
E como eu tive sempre uma tara especial por coisas velhas!

1 comentário:

Anónimo disse...

Quando é bonito,não é engano*

J.D.