sexta-feira, 8 de junho de 2012

Outra vez

De frente para o sol, todos seremos mais claros.
Uma contra-luz da alma, e um alvejar da tez e dos sinais.
A noite almeja a nossa carne, delineando-a de saborosos enganos, e traz-nos de novo pela manhã.
E aqui estamos nós.
Quem é quem, para dizer que não dormi esta noite.
Que não somos a cara feia que vêem. As rugas, o amarelo e as olheiras.
E quem as trouxe.
Todos falam da solidão com piáculo, e que sabem eles dela na companhia...
Todos renascem da sentença, quando as horas contam o final.
E todos nós. E todos qualquer coisa.
E em todos os tempos, há poemas da noite e de alvorada.
A trivialidade não é melhor por ser poetizada. Mas por ser.

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