sexta-feira, 9 de março de 2012

Ponto.


Acredito nos fedores e nos excrementos. Nos resíduos orgânicos. Tanto nos espirros como nos arrotos. Piamente.
Na porcaria, enfim. Porque a sua presença, prevê obrigatoriamente algo ou alguém. E em continuação desse, é parte integrante.
Não se trata, então, de obsessão pelo escárnio. Mas de escárnio pela obsessão.
O mediano e o melhor, são o que menos usamos com virtude. Uma busca enganosa da beleza, que oculta e desdenha a razão dos seus contornos.

Lixo, porcaria, merda..., se arreliam, são só palavras.

2 comentários:

Anónimo disse...

Piolhos cria o cabelo mais dourado;
Branca remela o olho mais vistoso;
Pelo nariz do rosto mais formoso
O monco se divisa pendurado:

Pela boca do rosto mais corado
Hálito sai, às vezes bem ascoroso;
A mais nevada mão sempre é forçoso
Que de sua dona o cu tenha tocado:

Ao pé dele a melhor natura mora,
Que deitando no mês podre gordura,
Fétido mijo lança a qualquer hora.

Caga o cu mais alvo merda pura:
Pois se é isto o que tanto se namora,
Em ti, mijo, em ti cago, oh formosura!

B.Bocage, talvez

blackbird disse...

Reconheço e aprecio.
Sejas lá quem sejas, obrigada pela passagem!