domingo, 21 de março de 2010

Podia ser outra coisa.

Quase tudo porque agarrei quem fugia.
Quase tudo pois quase tudo só me fazia crer tudo nela, que me dizias.
Na mentira.
A alma vazia que partiu rumo a um Porto...
Belo Porto, que deixou para sempre em si a mágoa de uma promessa que se perdeu.
Só minha.

E quando o autocarro cruza a ponte sobre o Douro..., de novo incho de história.
Por ter desejado veneno, perco agora quem me ouviu, ouvindo-se comigo.
E não só.
E nem tão pouco por isso.

És igual a mim.
E de mim sobra e subtrai...
Sou antes, e amanhã já será outro capítulo.

As palavras cansam. E a mais que a preguiça, podia ser outra coisa.
É cansaço de as juntar.

4 comentários:

João Ricardo disse...

És um ser apaixonado já de Natura! Pelo menos transpareces... Quando se escreve com paixão, o próprio texto transborda de um tal sentimento carregado pelas linhas de cada caracter constituinte. Eu sinto isso nas tuas partilhas artísticas. continua. beijos

blackbird disse...

"Partilhas" completamente descomprometidas. Mas mais uma vez, obrigada pela tua avaliação! :)

João Ricardo disse...

Longe de mim a intenção de avaliar algo para o qual não estou habilitado! Apenas expresso a minha opinião, e também meto conversa contigo... os teus textos a isso me impelem. Quanto mais poético, mais verdadeiro... continua na procura da verdade! ;)

blackbird disse...

"Avaliação" em tom de apreciação pessoal. Percepção que tenho gosto em ler.