segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Que tudo o que não gosto se mantenha.

A porta do armário com o espelho, está dia e noite aberta... Ainda à espera, em vão, que eu lá vá medir o meu rosto. Outra vez. Pela primeira vez.
E ora a luz não é suficiente e poderá enganar-me a mim antes que a vocês, ou o tempo e a preguiça não mo permitem.
Mas a porta com o espelho continua e continuará aberta.
Um constante e quase doce engano para quem diz ver-me o rosto triste. De quem diz ver-me o rosto nas coisas que encontra contingentemente durante os dias que passam. E nas noites que continuarão a passar.


Que tudo o que não gosto se mantenha.
À distância certa.

(E certa, nem a vida é. Daí ser indiferente ao mundo a porta do meu armário. Mais um entre tantos. Gasto pelo vazio de tanta coisa e tanta gente.)

1 comentário:

daniela disse...

decerto se vai manter minha amiga